quinta-feira, 30 de abril de 2009

história de portugal


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Na Praça Afonso de Albuquerque havia um barracão que servia de restaurante-bar. Mesmo em frente ao actual Museu dos Coches. Ao actual e ao futuro, pois a entrada do futuro Museu também ficará a dar para aqui. A propósito do novo Museu: não parece que, na actual conjuntura, gastar 30 milhões de euros num Museu dos Coches quando já existe um Museu dos Coches é assim um bocadinho arrojado? Mas não nos desviemos desta história portuguesa. Havia um barracão, semidestruído. Nós denunciámos aqui. mandaram abaixo. Nós saudámos aqui. Mas, dias depois... vai de lá botar um posto de venda de gelados. Não podem ver um espaço vazio...
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E aqui está ele, novinho em folha. Pronto a estrear.
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Gelados pedem frio, frio pede frigorífico, frigorífico pede electricidade. Electricidade?! Não há problema, Tózé, o meu cunhado faz ali uma puxada de fio que isto fica bem à maneira. Desenrasca-se já isso.
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'Tás a ver? O meu cunhado tem um jeitinho de mãos do caraças. Já cá tens luz ou não tens?
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Uma puxada de electricidade cruza os céus de Belém, como a estrela que guiou os Reis. Na Praça Afonso de Albuquerque, numa das zonas mais nobres e visitadas de Lisboa. Frente ao Museu dos Coches. Frente ao Palácio de Belém. Mas tudo isso que importa? O que importa é o TóZé ter electricidade para vender os seus nice ice-cream.
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Praça Afonso de Albuqerque.

Os móveis da rainha.


«Lisboa das Avenidas Novas» pela Profª Raquel Henriques da Silva


Foto: Rua Luciano Cordeiro, 13.
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Ciclo de Palestras organizado pela Câmara Municipal de Lisboa
A cidade, a sua história, a vida quotidiana, a arte e a arquitectura, as pessoas com as suas histórias e as suas memórias, vão ser temas destas primeirasa "Conversas com Lisboa". Através das palavras dos oradores convidados para este ciclo vamos tarzer à conversa diferentes olhares sobre Lisboa e debatê-los com todos os que quiserem partilhar um pouco dessas memórias, com um olhar posto no futuro da nossa Cidade.

Todas as palestras terão lugar nos Paços do Concelho, a casa dos lisboetas, ao fim da tarde, entre as 18h00 e as 20h00.

30 ABRIL

«Lisboa das Avenidas Novas»
RAQUEL HENRIQUES DA SILVA (UNL/FCSH)

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Centro Português de Fotografia.


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quarta-feira, 29 de abril de 2009

Nós na Arte. Tapeçarias de Portalegre.


Júlio Pomar.
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O Museu da Presidência da República, em colaboração com a Manufactura de Tapeçarias de Portalegre e o Museu da Tapeçaria de Portalegre-Guy Fino, inaugura no dia 29 de Abril a exposição “Nós na Arte:Tapeçarias de Portalegre e Arte Contemporânea”. A exposição vai estar patente no Palácio de Belém até ao dia 31 de Julho.
O projecto expositivo organiza-se ao longo de três núcleos distintos no Palácio de Belém. Pretendem-se expor os cartões originais dos artistas plásticos que viram as suas obras reproduzidas, os desenhos de tecelagem e o trabalho final em tapeçaria, mas também uma referência ao processo de tecelagem. A exposição “Nós na Arte: Tapeçarias de Portalegre e Arte Contemporânea” vai contar com alguns dos mais notáveis trabalhos de tapeçaria realizados desde a década de 1940 tanto na vertente expositiva como na sua aplicação enquanto objecto do domínio das artes decorativas.De entre os vários artistas presentes, destacam-se as obras de Vieira da Silva, Almada Negreiros, Júlio Pomar, Júlio Resende, José de Guimarães, Carlos Botelho, Camarinha, Le Corbusier ou Cargaleiro.
As Tapeçarias de Portalegre são hoje reconhecidas nacional e internacionalmente como um produto artístico cultural português, de valor singular. Esta iniciativa tem por objectivo chamar a atenção para este património nacional, bem como para a sua salvaguarda e valorização.

É que podia estar tudo assim.







Rua da Madalena.

E a Fontes Pereira de Melo é melhor que a Gran Via.

«Lisboa tem tanta qualidade de vida como Washington» (Diário de Notícias, de 29/4/09).


Ruínas.


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No Festival Indie, um retrato da nossa ruína colectiva:
Ruínas
Manuel Mozos
Exibições: 30 Abril, 22:00, Cinema São Jorge, Sala 11 Maio, 17:45, Cinema Londres, Sala 2
Documentário, Portugal , 2009, 60', Beta DigitalFotografia: Luís Miguel Correia Música: Anakedlunch Som: António Pedro Figueiredo, Elsa Ferreira Montagem: Telmo Churro Produção: O Som e a Fúria.
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Fragmentos de espaços e tempos, restos de épocas e locais onde apenas habitam memórias e fantasmas. Vestígios de coisas sobre as quais o tempo, os elementos, a natureza, e a própria acção humana modificaram e modificam. Com o tempo tudo deixa de ser transformando-se eventualmente numa outra coisa. Lugares que deixaram de fazer sentido, de serem necessários, de estar na moda. Lugares esquecidos, obsoletos, inóspitos, vazios. Não interessa aqui explicar porque foram criados e existiram, nem as razões porque se abandonaram ou foram transformados. Apenas se promove uma ideia, talvez poética, sobre algo que foi e é parte da(s) história(s) deste País

"ABUZO"


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E o Pavilhão do Conhecimento é melhor que o Smithsonian.

«Lisboa tem tanta qualidade de vida como Washington» (Diário de Notícias, de 29/4/09).

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Trata-se de um estudo impecável, hoje publicitado. Lisboa vem à frente de Roma, Nova Iorque e Madrid. Os autores reconhecem que o estudo «não reflecte fielmente a vida das pessoas que lá vivem». Então, se é um estudo sobre qualidade de vida que não reflecte a vida de quem lá vive... reflecte o quê? Qualidade de vida, qualidade de estudo. Mas ficamos felizes: vivemos melhor do que em Washington, Roma, Nova Iorque, Madrid.
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Melman, a girafa; Alex, o leão; Glória, a hipopótamo e Marty, a zebra voltaram a fugir do Zoo de Nova Iorque. Foram vistos a rondar um Zoo em Sete Rios!
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Isto é subsidiado, atençãozinha!


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Sabia que a União Europeia e o POSI - Programa Operacional para a Sociedade do Conhecimento financiam o «E-Hall of Fame», onde se exibem na Net coisas como estas? Veja em http://www.artgraffiti.net/
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Cada um tenha a sua opinião, mas:
1) Não se percebe que, para uns 20 ou 30 com jeitinho, há uns 700 ou 800 que só querem mesmo rabiscar?
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2) E quem diz o que é permitido, «artístico» (arte = subsidiável), e o que não é? Vão constituir um júri, presidido pela Guta Moura Guedes? Por exemplo, há um artista em Benfica, da escola pós-desconstrutivsta, que riscou nas paredes, em milhares de sítios, as palavras «Merda» e «Pró Caralho». Isso não é arte? Acham que não? Vocês são mesmo botas-de-elástico. Fascistas. Conservadores.
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3) Não parece contraditório esta forma de expressão artística se afirmar como «espontânea», «alternativa», «anti-sistema» mas, na hora do subsidiozinho, vir de mão estendida?
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4) Uma última coisinha: já repararam que isto, arte ou não, é feito em cima de propriedade alheia? Eu posso não gostar de ter o meu prédio pintado, ou não? Posso não querer ter um Matisse na minha sala ou um Picasso na fachada de casa? Parece que não. Tenho que comer «arte» que não quero e ainda para mais vê-la fotografada e exibida com subsídios da UE e do POSI.

«Correu muito mal».

O subdirector do Instituto de Gestão do Património Arquitectónico e Arqueológico (Igespar) admitiu ontem que a construção dos edifícios da Agência Europeia de Segurança Marítima e do Observatório Europeu da Toxicodependência, no Cais do Sodré, «correu muito mal».
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João Pedro Ribeiro disse que a empreitada da APL «não terá tido o devido acompanhamento arqueológico». «Às vezes há precipitações e o património nem sempre é devidamente relevado» (in Público, de 29/4/09).
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Para estas afirmações tão cautelosas, imagina-se o que terá sucedido, o que terão afundado. Uma perguntinha: NINGUÉM DA APL VAI SER RESPONSABILIZADO? É só assim, «correu muito mal», desculpem qualquer coisinha, houve aqui um small problemo. Não há um OBVIAMENTE DEMITO-O?
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Inédito: uma obra que derrapa.

As obras de reconstrução do colector na Avª de Berna. A CML contava resolver a situação «em dois ou três dias» (J.N., de 29/4/09). Afinal, vão demorar mais duas semanas. Com sorte.

Em que ficamos?

«Achados Arqueológicos no Terreiro do Paço não comprometem fim das obras em Junho»


Público, de 29 de Abril de 2009.

«Cais quinhentista pára obras no Terreiro do Paço»

Diário de Notícias, de 29 de Abril de 2009.


«Arqueologia quebra ritmo de empreitada»


Jornal de Notícias, de 29 de Abril de 2009.

O maior problema.


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Na minha opinião, este é o problema mais grave que Lisboa enfrenta. Acham exagerado ou ridículo o que digo? Façam um exercício: saiam de casa, andem 100 metros, circulem o olhar. É quase certo encontrarem um rabisco. Lisboa está toda assim. Um fenómeno de proporções colossais, incontrolável - a limpeza levaria anos, custaria milhões. E limpava-se de um lado e sujavam logo do outro. Faz parte do «jogo». Nunca ninguém foi preso por causa disto... A estátua de S. Vicente já foi limpa e suja várias vezes. É o nosso maior flagelo. Não acreditam? Olhem à vossa volta. Já nos habituámos, não é? O grafito é indolor. Na lógica destes «artistas», há que ir sempre mais longe, ser cada vez mais ousado. A lógica do «cool». Começaram por paredes, já vão nas janelas. Atacaram as igrejas. Depois, os comboios. Depois ainda, sítios cada vez mais alto, no topo dos prédios, nas empenas. Nos últimos tempos, são as carrinhas de distribuição: de carne, de pão, etc. Veja em frente ao Mercado da Ribeira, por exemplo. VEJA. ABRA OS OLHOS. Qualquer dia, vão ser os monumentos, mesmo na fachada. Jerónimos, Sé, Conceição Velha, tudo vai à frente. Por exemplo: o Cais das Colunas já está rabiscado... Sabem qual vai ser o próximo alvo? Montras de lojas (já começou, aliás). E depois? Automóveis particulares. No dia em que, de manhã, vir o seu carro todo rabiscado, não se queixe. Nós avisámos.
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Isto será verdade?

Recebemos este mail. Não queremos acreditar que seja verdade. Mas, à cautela, aqui o divulgamos. Sem alarmismos. Se calhar é mais um daqueles produtos tóxicos ou falsos que circulam na Net. Uma vez, António Costa disse que «a blogosfera é um submundo». Será que vai desaparecer?
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No dia 5 de Maio, votação no Parlamento Europeu.

Não deixe que o parlamento europeu lhe feche a internet... não haverá volta atrás! Aja agora! O acesso à internet não é condicional . Todos os que têm um site, blog bem como todos aqueles que usam o Google ou o Skype, todos aqueles que gostam de expressar as suas opiniões livremente, investigarem do modo que entendem seja para questões pessoais, profissionais ou académicas, todos os que fazem compras online, fazem amigos online, ouvem música ou vêm videos... Milhões de europeus dependem da internet quer seja directa ou indirectamente no seu estilo de vida. Tirá-la, limitá-la, restringi-la ou condicioná-la, terá um impacto directo naquilo que fazemos. E se um pequeno negócio depender da internet para sobreviver, torná-la inacessível num período de crise como o que vivemos não pode ser bom. Pois a internet que conhecemos está em vias de extinção através das novas regras que a União Europeia quer propôr no final de Abril. Segundo estas leis, os provedores de serviço, ou seja as empresas que nos fornecem a internet, PT, Zon, Clix entre muitas outras, vão poder legalmente limitar o número de websites que visitamos, além de nos poderem limitar o uso ou subscrição de quaisquer serviços que queiramos de algum site. As pessoas passarão a ter uma espécie pacotes de internet parecidos com os da actual televisão. Será publicitada com muitos "novos serviços" mas estes serão exclusivamente controlados pelo fornecedor de internet, e com opções de acesso a sites altamente restringidas. Isto significa que a internet sera empacotada e a sua capacidade de aceder e colocar conteúdo será severamente restringida. Criará pacotes de acessibilidade na internet, que não se adequam ao uso actual que damos à internet hoje. A razão é simples... Hoje a internet permite trocas entre pessoas que não são controladas ou promovidas pelo intermediário (o estado ou uma grande empresa), e esta situação melhora de facto a vida das pessoas mas força as grandes corporações a perderem poder, controle e lucros. E é por isso que estas empresas forçam os políticos "amigos" a agirem perante esta situação. A desculpa é a pirataria de filmes e música, mas as verdadeiras vítimas seremos todos nós, a democracia e a independência cultural e informativa do cidadão. Recentemente, vieram com a ideia que a pirataria de vídeos e música promove o terrorismo para que seja impensável ao cidadão comum não estar de acordo com as novas regras... Pense no modo como usa a internet! Que significaria caso a sua liberdade de escolha lhe fosse retirada? Hoje em dia, a internet é sobre a vida e liberdade. É sobre fazer compras online, reservar bilhetes de cinema, férias, aprendermos coisas novas, procurar emprego, acedermos ao nosso banco e fazermos comércio.Mas é também sobre coisas divertidas como namorar, conversar, convidar amigos, ouvir música, ver humor, ou mesmo ter uma segunda vida. Ela ajuda-nos a expressarmo-nos, inovarmos, colaborarmos, partilharmos, ajuda-nos a ter novas ideias e a prosperar... tudo sem a ajuda de intermediários. Mas com estas novas regras, os fornecedores de internet escolherão onde faremos tudo isso, se é que nos deixarão fazer. Caso os sites que visitamos, ou que nós criámos não estejam incluídos nesses pacotes oferecidos por estas empresas, ninguém os poderá encontrar. Se somos donos de um site ou de um blog e não formos ricos ou tivermos amigos poderosos, teremos de fechar. Só os grandes prevalecerão, com a desculpa de que os pequenos não geram tráfego suficiente para justificar serem incluídos no pacote. Continuaremos a ter a Amazon, a Fnac ou o site das finanças, mas poucos mais. Os telefonemas gratuitos pela internet decerto que acabarão ( como já se passa nalguns países da Europa) e os pequenos negócios e grupos de discussão desaparecerão, sobretudo aqueles que mais interessam, os que podem e querem partilhar a sua sabedoria gratuitamente com o mundo. Se nada fizermos perderemos quase de certeza a nossa liberdade e uso livre da internet. A proposta no Parlamento Europeu arrisca o nosso futuro porque está prestes a tornar-se lei, uma lei quase impossível de reverter. Muitas pessoas, incluindo deputados do Parlamento Europeu que a vão votar positivamente, não fazem a menor ideia do que isto pode querer dizer, nem se apercebem das implicações brutais que estas regras terão na economia, sociedade e liberdade. Estas medidas vêm embrulhadas numa coisa chamada "Pacote das Telecom´s" disfarçando estas leis de algo que apenas é relativo à indústria das telecomunicações. Mas na verdade, tudo não passa de regras sobre o uso futuro da internet. A liberdade está a ser riscada do mapa. Nestas leis propostas, estão incluídas regras que obrigam as Telecoms a informaram os cidadãos das condições em que o acesso à internet é fornecido. Parece ser uma coisa boa, em nome da transparência, mas não passa de uma diversão para poderem afirmar que podem limitar o nosso acesso à liberdade na internet, apenas terão é que informar-nos disso. O futuro da internet está em jogo e precisamos de agir já para o salvar.Diga ao Parlamento Europeu que não quer que estas alterações sejam votadas. Lembre-os que as eleições europeias são em Junho e que a internet ainda nos dá alguma liberdade para que possamos observar e julgar os seus actos no Parlamento. Saiba que não está sozinho(a) nesta luta... Enquanto lê isto, centenas e centenas de outras organizações estão a trabalhar para que esta mensagem chegue a quem de direito. Milhares de pessoas estão também a contactar os seus deputados neste sentido. Ajude-se a si mesmo, colabore e faça o que pode por esta causa... A internet é tão sua como deles... Divulgue esta mensagem o mais que possa... Faça Copy/Paste do texto em baixo e envie aos Deputados do Parlamento Europeu!

Texto:

Dear Deputy
I’d like to draw your attention to the Telecoms Package which I believe will be voted on by the European Parliament committees at the end of March and again on 21 April by all MEPs. I have serious concerns that the changes that the European Parliament is proposing will adversely affect business in the European Union.I understand that the European Parliament is proposing to include changes to the law which will affect my access to the Internet, and which may limit, restrict or place conditions on my ability to access websites and services.I use the Internet every to work, shop, socialise, bank, research, listen to music, enjoy cultural activities, talk to friends and family, order tickets, choose my holidays, pursue my interests and hobbies...and much more. The changes in the law that the European Parliament is proposing will permit my broadband provider to offer me a limited, restricted or conditional service. My concern is that such changes will kill the life of the Internet as we know it, and could have serious, detrimental economic impact on Europe’s economy. I am writing to ask you, as my representative in the European Parliament, to vote to protect our right to trade and do business using the Internet. As we live in a democratic society, we need to openly debate these issues and establish the principles for the Internet as society.Please support amendments which safeguard my rights to access and distribute content, services and applications and reject any text which talks about ‘lawful content’ or about placing limitations, restrictions or conditions on my Internet access. In particular, I would like you to guarantee my rights to freely use the Internet, and ensure that all websites and services are accessible to all users. Yours sincerely ,

terça-feira, 28 de abril de 2009

Estragar palavras.


Junto do Largo do Carmo, Lisboa.
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"Vos parece muito mais estranho de nascer com um corpo de galinha que com um corpo humano?"
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Dr. Constâncio recebe... acima das nossas possibilidades.


Cidade Universitária.

Bairro administrado pela Gebalis...

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Lisboa a sépia: o olhar de Filipe Vicente.


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Lisboa amanhece devagar.


Carta a Leonel Moura.

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Recebemos do artista plástico Leonel Moura uma simpática mensagem electrónica, aqui reproduzida:
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pelo texto vejo que não gosta do meu trabalho
mas as suas fotos são excelentes, do melhor que já vi sobre esta obra
por isso agradeço o destaque que me dá no seu blog
saudações
Leonel Moura
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Não, não é verdade que não gostemos do seu trabalho. Apreciamo-lo. E muito. Gostamos do Almada junto ao Viaduto Duarte Pacheco, por exemplo. Gostamos da «sua» Amália Rodrigues, muito. Mas isto do gosto, há-de compreender, também vai lá pelo preço. Ele é como nos restaurantes e casas de pasto, a eterna relação ontológica qualidade/preço. A qualidade, óptima. O preço é que nos parece assim a dar para o carote. 70.000 euros dava jeito para outras coisas, compreende? O seu problema, caro Leonel Moura, é que vive num país demasiado pequeno e demasiado pobre para o seu inquestionável talento, para a sua indesmentível criatividade - e creia-nos que não estamos a ironizar. Em Oslo ou Helsínquia, nada a opor. Já em Lisboa, onde a edilidade se queixa de falta de dinheiro, 70.000 euros parece-nos algo puxadote. No fundo, nós, portugueses em crise, não o merecemos. Mas o facto de termos merecido uma carta da sua parte, acredite-o sinceramente, é algo que não pode deixar de nos honrar, até comover. Um artista do seu nome dispor-se a responder a um blogue simplesmente «engraçado» como Lisboa SOS é um exemplo raro. Obrigado pela sua mensagem, obrigado pelas suas palavras. Saudações cordiais.
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O Director do Departamento de Serviços Financeiros de Lisboa SOS,
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Damien Hirst.
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É que nem ginjas.


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Como muito bem nos definiu alguém, Lisboa SOS é um blogue «engraçado». Nós diríamos, um blogue «patusco». Não é por mal, nem intencional. Somos assim porque Lisboa assim o é. «Engraçada». Ora vejam lá a «Ginjinha Sem Rival. Eduardino».
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No interior, pelas 9 da manhã, um fiscal da ASAE, disfarçado de transeunte indolente, inspeccionava já a qualidade do produto e a conformidade das instalações sanitárias à famosa directiva comunitária «Gingyne/0900-B/ISO9000», elaborada pelo comissário austríaco Eduardino von Trapp. Gentes de Lisboa, povo desta «nesga de terra debruada de mar» (M. Torga), meter copos de ginjinha às 9 da matina?! Assim, bem podem os partidos fazer campanha com «outdoors» inventivos. A abstenção fica sempre a ganhar. A Comissão Nacional de Eleições deveria encerrar a Ginginha Eduardino (Sem Rival) durante as fases de campanha, pré- e pós-eleitoral. No dia das eleições, abertura obrigatória do estabelecimento. É que, com o leque de escolhas que nos apresentam, o mais avisado é ir às urnas já bem entrado com uns copitos de ginjinha. Somos engraçados, não somos?
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O Sr. Coelho, atrás do balcão vai para muito ano.
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Ginjinha pode ser com elas ou sem elas. Aqui, não se aplica a lei da paridade. Paridade? Isso é na Alfredo da Costa. Na Paridade Alfredo da Costa, a São Sebastião da Pedreira. Aí é que há paridade de muita criança todos os dias. Aqui, a música é outra: ginjinha com elas ou sem elas. Há respeito pela orientação sexual de cada um. A isto chama-se pós-modernismo.
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Aviar uma ginginha é um ofício que requer arte e saber. Eis, compenetrado, o Sr. Coelho.
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Ginjinha Sem Rival. Saímos de lá em tal estado que a única coisa que podemos garantir é que estas imagens não foram, decerto, tiradas em Moimenta da Beira.

6ª Festa da Primavera no Botânico da Ajuda.